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Do mar para suas torneiras: entenda o processo de dessalinização

Não é segredo e tampouco novidade que, em algumas – ou várias – regiões territoriais a água potável é um recurso escasso, e por ser fundamental à existência humana, biológica e de todo o ecossistema do planeta Terra quando se trata do suporte necessário à vida, precisa-se ter acesso constante e irrestrito.

O corpo humano, por exemplo, é composto por aproximadamente 60% de água no homens e 50% de água em mulheres, porém 71% da superfície terrestre é coberta por água, e tão somente 2,5% deste percentual é formado por água doce. Comece desde aí a observar a necessidade de soluções para crises hídricas.

Mas em um mundo onde, atualmente, a poluição de recursos hídricos e a degradação ambiental exacerbada tem tomado conta, como fazer tratamentos eficazes da água? Esse é o momento para se falar sobre dessalinização.

Afinal, o que é o processo de dessalinização?

A dessalinização nada mais é do que a remoção do sal da água do mar e de aquíferos de salinidade elevada com o fim específico de torná-la potável. No entanto, é preciso que se entenda que este processo é industrial e altamente desafiador quando se trata da diminuição de descargas tóxicas no próprio oceano.

Através de processos físico-químicos, a dessalinização é realizada em águas salgadas ou salobras, de modo que retira a grande maioria dos sais minerais que a integram para que possa se tornar potável e prontamente consumível.

Como relatado, por conta da poluição e degradação do meio ambiente, muitos países já não possuem abundância de água potável, motivo então que justifica por que este é um negócio em expansão. E por mais que não pareça, é voltado à sustentabilidade – mas não quer dizer que consiga diminuir a poluição.

Como esse processo físico-químico é feito?

Existem cinco alternativas principais que caracterizam este processo de transformar a água salgada ou salobra em água própria para consumo, banho, etc, sendo eles a evaporação, congelamento, destilação, osmose reversa ou inversa e eletrodiálise.

1. Evaporação ou vaporização

Você já assistiu o filme "Pi"? Se sim, pode ser que reconheça esta técnica – claro que de maneira mais rudimentar. Repare!

Aqui o processo se dá da seguinte maneira: a água salgada é colocada em um enorme espaço de represamento no qual existe incidência solar direta, que faz com que a água potável evapore e o sal e demais minerais fiquem retidos no fundo do tanque. Lembrou da cena do filme?

Na prática, a água que evaporou é armazenada em estado gasoso, e então será resfriada e voltará ao estado líquido quando pode passar por mais uma bateria de limpeza, porém desde já é possível e viável ingeri-la.

Existem duas situações de evaporação: a solar e a advinda de energias fósseis térmicas, e só pelo nome da segunda energia é possível notar a possibilidade de poluição.

2. Congelamento

A água salgada ou salobra é congelada e, por meio deste processo de resfriamento excessivo, os sais minerais presentes nela são eliminados, sobrando apenas a água empedrada.

3. Destilação

Por sua vez, a destilação nada mais é do que o aquecimento da água para que esta se transforme completamente em vapor. Parecida com a evaporação, a destilação simples ou convencional também trabalha em cima da modificação de estado de misturas homogêneas entre sólido e líquido, sendo apenas o líquido interessante do ponto de vista hídrico.

A destilação é uma das formas mais utilizadas para dessalinização.

4. Osmose reversa (ou inversa)

Como o próprio nome já prevê, diferentemente da osmose natural, neste caso temos a aplicação de força mecânica – mais especificamente através de bombas de pressão. Aqui o ciclo da água é do estado mais concentrado até o menos concentrado: a água salgada (concentrada) irá fluir através de uma membrana para uma solução menos concentrada, haja vista que a função desta membrana é justamente reter os sais e demais impurezas.

Este também é o tipo de dessalinização mais convencional aplicado em diversos lugares do mundo.

5. Eletrodiálise

Através de um processo eletroquímico é possível retirar sais e impurezas de águas não potáveis ou impróprias para consumo humano ou animal. Aqui também se aplicam membranas seletivas com potencial iônico que têm como função a separação de íons entre cargas positivas ou negativas.

Ufa, você imaginava que a dessalinização poderia ser tão complexa?

Novas tecnologias ligada à dessalinização

O grande salto tecnológico que a dessalinização representa pode ser capaz de acabar com a sede no mundo. Parece importante, e de fato o é: não podemos afirmar que estes métodos de uso de água do mar ou salinas subterrâneas acabam por ser muito custosos.

Então, chegou-se à grande problemática: como estudar a dessalinização de modo a aplicá-la mundialmente como fonte alternativa de água potável, mas sem melhorar a questão hídrica e piorar a preservação do meio ambiente como um todo?

Como mais de 16% das cidades brasileiras já correm certo risco de apresentarem crises hídricas com o passar do tempo e, por isso, novas soluções e tecnologias de potabilização de águas vêm sendo estudas e inclusive possuindo a dessalinização apoio expresso pelo Objetivo 6 de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas a fim de assegurar a disponibilidade, saneamento e gestão sustentável da água no Brasil.

Como a aplicabilidade da dessalinização por meio de evaporação e congelamento acaba por ser inviável, haja vista os custos elevados, tanto financeiro como energético – pelo uso de energias fósseis altamente poluíveis. Logo, como já relatado, as formas de dessalinização mais utilizadas modernamente são as destilações térmicas e por osmose inversa.

Estas duas maneiras de dessalinizar águas utilizam energias renováveis e não fazem com que as águas residuais tóxicas e salobras (como na evaporação) sejam lançadas nas águas costeiras e, assim, não geram esta poluição pesada. Repetimos: a dessalinização que utiliza energias fósseis não são recomendadas.

Inclusive, a transformação da água salgada para água potável fornece muitas melhorias para regiões mais desenvolvidas, mas também há dedicação acadêmica destinada a descobrir formas menos agressivas de geração e distribuição de água potável, e com o apoio do próprio mercado empresarial, pautados em técnicas de tecnologia da informação e vida inteligente para o futuro.

A bioeconomia, por exemplo, tem sido de grande valia quando se fala em uma inovação mercadológica dos meios de produção concatenados com o desenvolvimento sustentável. Os empreendedores verdes vão se destacar cada dia mais, já que é quase impossível desenvolver um futuro tecnológico sem parceiros dedicados à preservação do meio ambiente.

A Hitachi, inclusive, trabalha para um futuro focado em mais que a sobrevivência humana, mas em vivência fluída e confortável. Em nosso blog você conhece mais propostas para um futuro que inspire!