Cada escolha que fazemos tem um impacto, não apenas sobre as nossas vidas, mas sobre o ecossistema. Essa é uma das principais constatações que o conceito de pegada de carbono traz para nós, além de oferecer uma métrica que ajuda a em análises de diferentes ordens.
Todo bem que consumimos – sejam alimentos, eletrônicos ou serviços – passa por algum nível de transformação, consome algum tipo de energia, tem componentes que precisaram ser transportados ou armazenados e, futuramente, gerará algum resíduo quando utilizado ou descartado. Não é difícil imaginar que praticamente todas as nossas atividades do dia a dia fazem parte de uma complexa cadeia produtiva, certo?
É natural que não conheçamos todos seus detalhes, afinal, cada dia o sistema produtivo se torna mais sofisticado e descentralizado. Mas toda essa comodidade tem um preço, que é cobrado especialmente sobre a natureza, já que, direta ou indiretamente, todos os recursos derivam dela.
A pegada de carbono é uma maneira de contabilizar o impacto de atividades de consumo, tanto individual quanto de corporações, cidades, famílias, edifícios, veículos e produtos sobre a emissão de gases que agravam o efeito estufa.
Esse efeito é causado pelo aumento na emissão de gases que retém o calor dentro da atmosfera, aumentando as temperaturas e expondo nosso planeta a uma série de consequências importantes, como maior incidência de catástrofes naturais, instabilidade alimentar, aumento do nível do mar, escassez de água e muitas outras condições.
Essa métrica tem sido desenvolvida e calibrada para ajudar entidades, governos e a sociedade civil a aumentarem sua percepção sobre os principais agentes responsáveis por essa condição, como medir o custo-benefício de atividades e produções e guiar políticas públicas verdes para o futuro.
Toda atividade causa algum impacto relacionado ao acúmulo de gases estufa, desde seu hambúrguer do almoço até o plástico do seu celular. Os gases que causam o efeito estufa são diversos e originados das mais diversas fontes que possamos imaginar.
A mensuração da pegada de carbono leva em conta uma estimativa média do volume de monóxido de carbono e outros gases nocivos para a camada de ozônio emitidos em toda a cadeia produtiva de um bem ou serviço durante o período de um ano, pontuando por toneladas.
A ideia é tentar encontrar o maior conjunto de atividades intensivas na produção desses gases em nosso dia a dia, como:
Cada um desses itens têm um valor agregado de gases estufa produzidos pelas indústrias e em seu transporte. As fábricas, empresas de logística e extrativistas acabam sendo líderes nos rankings de pegadas de carbono, apesar de muitas estarem levando muito a sério a questão e buscado meios de aplicar metodologias de vida inteligente em sua estrutura para diminuir seu impacto através da internet das coisas.
O método de mensuração não é simples, mas para ajudar a ter uma estimativa do seu consumo familiar e individual, é possível acessar diversas calculadoras, como a da ONU ou da ONG WWF e tirar sua pontuação.
Poder estimar de forma dinâmica o consumo de grandes extrativistas e empresas que causam um grande impacto com poucos retornos sociais é uma importante maneira de fiscalizar de maneira pública e pressionar políticas mais assertivas para auxiliar setores ou mesmo aplicar sanções em quem descumpre determinações ambientais.
Calcular a pegada de carbono será um dos grandes guias na elaboração de políticas ambientais e urbanas, visto que essa pauta já está ao centro das mais importantes discussões públicas.
Medir a pegada de carbono pode ser uma meta a se perseguir que estimule mais avanços em vida inteligente, através de mecanismos de monitoramento do consumo de energia que ajudem a otimizar e calibrar inteligências artificiais que automatizem atividades de maneira econômica.
Pessoas e empresas com boas pontuações na pegada de carbono poderiam receber incentivos fiscais como parte de um "score social".
Essa tarefa, tão urgência, passa por uma reeducação e transformação completa da maneira como produzimos e consumimos nossos bens e como definimos nossa organização como sociedade.
Todas as pessoas, empresas e entidades podem fazer sua parte. Além da elaboração e fiscalização de medidas assertivas, o governo deve fazer aportes massivos para aumentar a qualidade da mobilidade urbana, coleta seletiva, incentivar energias renováveis e praticar a colaboração internacional de maneira multilateral pela redução das emissões de poluentes.
Já as empresas devem mudar radicalmente suas matrizes de energia, empregar projetos logísticos que consumam fontes limpas e empregar tecnologia em prol da redução de desperdício.
E você, como pode diminuir suas pegadas? Os caminhos são muitos:
Um mundo mais sustentável nos aguarda, e a Hitachi trabalha incansavelmente para que esse futuro se torne realidade hoje. Conheça nosso trabalho e as soluções que trazemos para a sociedade através de nossos serviços e princípios!