No Brasil, é recorrente ouvirmos nos jornais e em outros meios de comunicação avisos em tom de alerta sobre a insuficiência de água em determinadas regiões.
Tanto no Nordeste quanto no Sudeste, por exemplo, tornou-se comum lidar com a falta de recursos hídricos em determinados períodos do ano, afetando toda a população de forma, inevitavelmente, negativa e gerando transtornos e muito estresse.
Trata-se de uma realidade que leva o nome estresse hídrico e, muito além do solo nacional, diversos outros países padecem do mesmo problema.
Hoje, o post da Hitachi Global é dedicado ao assunto, a fim de esclarecer do que se trata esse fenômeno, bem como esclarecer quais são as causas, consequências e regiões mais afetadas. Prossiga com a leitura para conferir!
Por estresse hídrico, ou escassez hídrica física, entende-se uma expressão utilizada para designar a conjuntura socioeconômica na qual a quantidade de água utilizada é superior à quantidade do recurso disponível em dado local e por determinado período.
Ou seja, existe um déficit entre a quantia de água que as pessoas consomem e a que há disponível nos reservatórios dentro de um panorama saudável para o planeta.
Com isso, surge a necessidade de reduzir o consumo ou limitá-lo de maneira compulsória, mesmo a água sendo considerada, por grande parte da doutrina e dos pesquisadores de Direito Constitucional, como um Direito Fundamental. Partilham desse pensamento, dois grandes nomes conhecedores do tema: Zulmar Fachin e Deise Marcelino.
Nessas situações, é natural que o caos se instaure rapidamente, considerando que o ser humano necessita dos recursos hídricos para as funções mais simples às mais complexas e na redução ou falta de água, todas as atividades humanos restam comprometidas. A partir daí, surge um quadro de inquietação, irritação e desassossego.
Uma informação de suma importância, citada no Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos de 2021, é que em 2018, o número de pessoas que sofriam de estresse hídrico já estava na margem de 2 bilhões.
No Brasil, dados de 2019 evidenciam que 40% do corpo hídrico do Brasil já estava sofrendo fortes ameaças quanto à falta de água, passando pela escassez hídrica, conforme Wagner Ribeiro, professor da USP.
Assim, o processo se dá da seguinte maneira: a depender da região, da quantidade de habitantes e do desenvolvimento de atividades, existem regiões nas quais os recursos hídricos à disposição da população são muito inferiores às necessidades que ela precisa suprir. A partir disso, estabelece-se uma política de redução de uso.
A grande questão é: o que causa o estresse hídrico? Abaixo, você pode compreender as principais causas:
E, por falar em meio ambiente, você sabe o que é licenciamento ambiental? Descubra acessando o nosso conteúdo sobre o tema.
A partir do que foi explanado, torna-se mais factível perceber que além do desgaste gerado, existe a possibilidade de uma série de outras consequências serem geradas com a escassez de água.
Nesse sentido, alguns dos riscos são o impacto desfavorável para a economia, o meio ambiente equilibrado e o desenvolvimento humano. Isso porque o desempenho de atividades agrícolas e pecuaristas será impossibilitado, repercutindo no setor financeiro e na alteração da natureza. Além disso, as demandas mais básicas das pessoas também são prejudicadas.
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No Brasil, Estados como Ceará, Alagoas, Rondônia, Rio de Janeiro, Sergipe, Paraíba e Pernambuco são fortemente afetados pelo estresse hídrico. Já em termos internacionais, a África, o México e a Europa Mediterrânea são exemplos de países que também sofrem com a escassez de água.
Bem, neste artigo você pode compreender o que é estresse hídrico, assim como conhecer os seus principais fatores motivacionais e resultados. Por fim, foi possível ter um panorama de regiões nacionais e internacionais que sofrem com esse problema de maneira mais intensa que as demais.
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Referências:
DISERÓ, Bruna. Mesmo com 40% do corpo hídrico ameaçado, Brasil ainda é esperança para crise mundial. São Paulo: Jornal da USP, 2019.
FACHIN, Zulmar; SILVA, Deise Marcelino da. Acesso à água potável: direito fundamental de sexta dimensão. Millennium, 2012.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos. Divisão de Ciências da Água, UNESCO: Itália, 2021.
